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Os conjuntos são a base da forma de representação de enumerações de elementos em matemática discreta. Por definição um conjunto é:
uma estrutura que agrupa objetos e constitui uma base para construir estruturas mais complexas.
Em outras palavras, um conjunto é uma coleção de elementos, ou uma lista de elementos.
Segue uma definição mais formal:
Um conjunto é uma coleção de zero ou mais objetos distintos, chamados elementos do conjunto, os quais não possuem qualquer ordem associada.
O fato de não haver uma ordem associada não significa que os elementos não possam estar ordenados, num dado contexto, conforme algum critério. Apenas indica que, no geral, isso não é obrigatório.
Há três formas de representar conjuntos: notação por extensão e notação por compreensão.
Notação por extensão é quando todos os elementos do conjunto estão enumerados, representados entre chaves e separados por vírgula. Exemplo:
$\mbox{Vogais} = \{a, e, i, o, u\}$.
Entende-se que se um conjunto pode ser representado por extensão, então ele é finito. Caso contrário, é infinito.
Notação por compreensão: quando é usada uma representação por propriedades. Os exemplos usam uma pequena diferença de notação, mas representam a mesma coisa:
Este conjunto é interpretado como: o conjunto de todos os elementos $n$ tal que $n$ é um número par. A forma geral de representar um conjunto por propriedades é:
$X = \{x : p(x)\}$
Isso quer dizer que $x$ é um elemento de $X$ se a propriedade $p(x)$ for verdadeira.
A notação por propriedades é uma boa forma de representar conjuntos infinitos.
Há ainda uma outra forma aceitável de representar conjuntos usando uma representação semelhante à de por extensão. Exemplos:
Embora haja elementos ausentes, substituídos por reticências ($...$) é completamente aceitável e entendível o que se quer informar com a descrição do conjunto.
A seguir, revemos conceitos de algumas relações entre e com conjuntos ou elementos.
Se um elemento $a$ pertence ao conjunto $A$ isso é representado como: $a \in A$. Caso contrário, se $a$ não pertence a $A$, então representa-se como: $a \not\in A$.
Exemplos: Pertence, não pertence:
O conjunto vazio é um conjunto sem elementos, representado como $\{\}$ ou $\emptyset$. Exemplos:
O conjunto unitário é um conjunto constituído por um único elemento. Exemplos:
O conjunto universo, normalmente denotado por $U$, contém todos os conjuntos considerados em um dado contexto. Por isso, não é fixo (pois depende do contexto).
Outros conjuntos importantes:
Em computação, e mais especificamente em linguagens de programação, um conceito importante é o que define o conjunto de elementos ou termos-chave da linguagem.
Um alfabeto é:
um conjunto finito cujos elementos são denominados símbolos ou caracteres.
Uma palavra (cadeia de caracteres ou sentença) sobre um alfabeto é:
uma sequência finita de símbolos justapostos.
Uma linguagem [formal] é
um conjunto de palavras sobre um alfabeto.
Exemplos: alfabeto, palavra
A continência permite introduzir os conceitos de subconjunto e igualdade de conjunto.
Se todos os elementos de um conjunto $A$ também são elementos de um conjunto $B$, então $A$ está contido em $B$, o que é representado por: $A \subseteq B$. Isso também é lido como $A$ é subconjunto de $B$.
Se $A \subseteq B$, mas há $b \in B$ tal que $b \not\in A$, então pode-se dizer que $A$ está contido propriamente em $B$, ou que $A$ é subconjunto próprio de $B$. Isso é denotado por: $A \subset B$.
A negação de subconjunto e subconjunto próprio é, respectivamente:
Exemplos: continência, subconjunto
Se os elementos de $A$ também são elementos de $B$ e vice-versa, então $A = B$. Formalmente, uma condição para $A = B$ é que $A \subseteq B$ e $B \subseteq A$.
Exemplo:
É importante notar que pertinência ($\in$) é usado entre elementos e conjuntos, enquanto continência ($\subset$ e $\subseteq$) é usada entre conjuntos.
Por definição, um conjunto qualquer é subconjunto de si mesmo, e $\emptyset$ é subconjunto de qualquer conjunto.
Exemplo: